A CNSN é uma sociedade secreta, ou quase, constituída por indivíduos com deficiência em BCCS (um marcador genético que condiciona a capacidade de compreender comunicação não verbal em negociações, sacanagens institucionais, entre outras necessidades óbvias do mundo real). Não se entusiasme, verme, pois agora que mapeamos o BCCS, temos um plano infalível para dominar o mundo. Ou curar a ressaca.

22 de abr. de 2009

Série redes sociais digitais e midia social (2): capital social, karma e ranking

Como já foi comentado aqui, capital social é o valor associado às relações que estruturam e organizam as redes sociais (sejam elas digitais ou não). Em comunidades virtuais, foram desenvolvidos indexadores para este capital. O termo genérico para estes indexadores é “karma”.

Cada tipo de comunidade apresenta um mecanismo diferente, mais ou menos formal, de medir o karma do membro. Em comunidades de relacionamento, onde nenhum outro dado quantitativo é exibido além do número de contados, nódulos da rede, ou “amigos” (na terminologia das comunidades), esta é a medida de karma. O número de amigos no Facebook, MySpace ou Orkut é o karma do membro, o qual, espera-se, reflita a capacidade de influenciar efetivamente o comportamento de outros.

Indivíduos com muito karma também são conhecidos como “media stars” (estrelas de midia). A única coisa que se pode dizer é que o karma mede o status do indivíduo numa rede social, e, portanto, indiretamente, seu capital social nesta rede. Por que indiretamente? Porque nem sempre o indexador reflete realmente a capacidade de influenciar comportamento. Em outras palavras, nem sempre reflete PODER.

O poder é uma consequência da habilidade em fazer uso do status alcançado através de estratégias de comunicação.

Sakamoto e colaboradores estudaram o comportamento de individuos na comunidade virtual Digg, na qual os membros partilham notícias e votam nelas, atuando como editores. Os pesquisadores identificaram um pequeno grupo de indivíduos que partilha entre si um papel dominante na comunidade, acumulando grande karma. Estes autores definem tal comportamento como “reciprocidade transacional com o intuito de construir reputação”. Os autores, no entanto, não avançam muito quanto à CONVERSÃO deste capital em outras formas de capital, deixando uma lacuna, ao meu ver, entre karma e MARKETING.

Esta lacuna só pode ser entendida explorando os complexos conceitos envolvidos em Social Media Marketing, ou SMM. SMM é o conjunto de estratégias e recursos disponíveis a empresas e indivíduos para promover seu produto – seja ele uma mercadoria, uma idéia ou sua própria imagem.

Este será tema para outro artigo, avançando na reflexão sobre comunidades virtuais.

Podemos concluir, portanto, que o karma é uma medida de status e estabelece um ranking. Em algumas comunidades virtuais, o ranking, como tal, já é medido. A comunidade brasileira diHITT, que integra submissão de textos de terceiros, próprios, comentários e votos, possui um sistema automatizado de rankeamento.

Numa comparação com o sistema de rankeamento desenvolvido por Search Engines, ou Sistemas de Busca, como o Google, o rankeamento pode ser visto como promoção direta do conteúdo do rankeado. No caso do Google, a importância do ranking é tão grande, que otimizar o conteúdo dos websites para alcançar melhor ranking, e, portanto, aparecer nos primeiros lugares nas buscas efetuadas com palavras-chave interessantes (para o site), gerou uma nova área de expertise: o SEO – Search Engine Optimization.

Especialistas em SEO podem ganhar centenas de milhares de dólares otimizando o conteúdo de websites. Para isso, precisam conhecer profundamente o comportamento do algoritmo utilizado pelo Google para rastrear e rankear websites.

Hoje ficamos por aqui.

Uma referência legal:

The Karma of Digg: Reciprocity in Online Social Networks

Continua...

Marilia

21 de abr. de 2009

Série redes sociais digitais e midia social (1): blogs, ferramentas para blogs e sites de conteúdo

Isto que você está lendo é um “post” ou “entry” (entrada) de um blog. Existem centenas de milhões de blogs no mundo. A contagem exata é impossível: novos blogs estão sendo criados neste exato momento.

Blogs são formas mais compactas de midia social. A maioria tem um ou poucos autores ativos e possuem uma interatividade controlada.

Blog é o apelido de WEBLOG, que signfica “registro feito na rede”. A origem são os diários online, iniciados em meados dos anos 1990. Os blogs ganharam popularidade pelo fim da década. Alguns anos depois, houve uma explosão destas novas midias a partir da criação dos provedores de blog, como blogger.com e livejournal.com (ambos de 1999).

A diversificação dos primitivos diários pessoais e sua evolução para o jornalismo, para o instrumento de marketing político e corporativo, para o ativismo social e para a partilha de outras midias (video, música e audio) é uma típica ilustração dos efeitos auto-organizativos da blogosfera. O termo blogosfera refere-se ao conjunto interconectado de blogs do mundo. Admite-se que, através de links, feeds, backlinks e diretórios, todos os blogs do mundo estejam em rede.

Logo no início apareceram os diretórios de blogs, como o Technorati. Inicialmente, tratava-se de uma grande lista. No entanto, a dinâmica participativa do usuário de midia social foi rapidamente precebida como um recurso benéfico para esta empresa, que passou a oferecer outros serviços além da simples listagem: os usuários podem, através da própria plataforma e de widgets inseridos em seus blogs, pelos quais um visitante se conecta a ele sem precisar entender de html ou website design, criar e administrar relações entre si.

Disto para plataformas mais complexas que agregam blogs de provedores diversos, forum de comentários, ferramentas de interatividade, formação e manutenção de grupos de interesse, entre outras, foi um pulo. O próprio Technorati passou a integrar estes recursos. No Brasil surgiram o blogblogs.com.br e recentemente o diHITT e o Via6.

A vantagem destes sistemas sobre outras midias sociais que oferecem blogs próprios é que o usuário não precisa abrir mão de seus blogs originais. Por exemplo: eu mantenho blogs em duas plataformas de interesse específico: o bodybuilding.com e o istadia.com . Dentro de uma plataforma de conteúdo como o diHITT ou o Via6, posso inserir estes blogs esportivos junto com meus outros blogs e expor meu conteúdo a públicos diversos. A vantagem dos blogs hospedados em plataformas profissionais e de interesse, como o bodybuilding.com é que ele está instantaneamente aberto a um marketing (compreendido amplamente como divulgação e promoção) focado, altamente eficiente. A desvantagem, contornável pelas mídias de conteúdo, é que é só para ele: dificilmente um médico ou publicitário entrará no bodybuilding.com para ler algo que seria de seu interesse, mas está no contexto de um grupo fechado de cultura profissional, disciplinar ou outra.

O problema das “plataformas de conteúdo” é que seu uso para promoção de blogs comerciais reduziu a utilidade geral e atratividade para visitantes. Recursos “maliciosos” passaram a ser usados na luta por visibilidade, nem sempre com resultados sequer vantajosos para o praticante, mas criaram uma dinâmica concorrencial nestas práticas. Plataformas como newsvine.com resolveram adotar códigos de conduta pelos quais o usuário só pode “semear” notícias de outros autores. A divulgação de conteúdo próprio é limitada e circunscrita. O quão vantajoso ou desvantajoso esse sistema é, só o tempo dirá.

No entanto, parece reduzir em grande parte os conflitos gerados pela manipulação de sistemas mais permissivos, como o brasileiro diHITT.

Como na evolução biológica, porém, a flexibilidade aparentemente menos eficiente pode ser a rota para o progresso criativo: há milhões de anos, os ancestrais das modernas bactérias davam de mil em eficiência nos ancestrais dos eucariotos (nós, por exemplo), cheios de “lixo genético” e energeticamente bobos. Hoje, elas continuam lá, com uma célula só, amargando uma existência eficiente como uma usina, mas bem sem-graça. Já nós... Quer coisa mais engraçada do que um tamanduá ou um ornitorrinco?

Continua...

Marilia

18 de abr. de 2009

...

... by Laerte

15 de abr. de 2009

Rede Social de Arquitetura

É comum a gente estar ao mesmo tempo no Orkut, twitter, facebook - todos tem suas preferências. Ontem, recebi um convite de um arquiteto indiano que lê meu blog para participar da rede acima. A rede é nova, ainda não atrai por conhecimento armazenado. Mas existe em sua estrutura uma tentativa de diálogo visual que me pareceu bastante boa, e bem pouco usual: vale a pena conferir.

13 de abr. de 2009

Media social, rede social, comunidades virtuais e nossa identidade

Existem alguns conceitos que se imbricam quando estamos falando sobre networking entre indivíduos cujo trabalho envolve a internet: rede social, comunidade virtual e midia social. Eles estão relacionados, mas não se equivalem.
“Rede social” se refere a um modelo de análise sociológica, cada vez mais apreciado e útil na pesquisa social. As redes são estruturas sociais analisadas do ponto de vista dos indivíduos (atores) que a constituem e das relações através das quais eles o fazem. Os pontos de análise, portanto, são os nódulos (os indivíduos) e ligações entre os atores. Esta abordagem permite sofisticadas modelagens quantitativas, onde se pode medir a densidade de ligações na rede, a centralidade dos nódulos e até mesmo medir capital social.
Capital social é o valor associado aos contatos, ou ligações entre os atores. Este conceito é a força motriz por trás de iniciativas comerciais em estimular as interações em redes sociais pré-existentes bem como o seu crescimento ou até mesmo gênese.
As redes sociais não são necessariamente digitais. O conceito independe da maneira como as relações entre os atores são estabelecidas e mantidas. No entanto, pela ênfase nas relações não locais e no aspecto difuso da estrutura resultante, naturalmente esta abordagem ganhou proeminência com a crescente utilização da internet em todos os tipos de relações sociais (de compra e venda, governamentais – entre indivíduos e o governo -, de amizade, profissionais, de divulgação de notícias, de partilha de dados e informação, de ativismo social, de amizade, de romance e outras).
As redes sociais que se formam e se mantém na internet constituem comunidades virtuais. Estas comunidades podem ser de diversos tipos, como as não-digitais. No entanto, estas comunidades tendem a ter uma dinâmica muito mais próxima do modelo de redes não locais. Enquanto estas sempre existiram, antes das modernas tecnologias de comunicação e informação, os elementos locais necessariamente predominavam e determinavam a tônica dos aspectos substantivos das relações sociais, como centralidade, poder, influência, agendas, etc. Com as comunidades virtuais, a localidade de grupos de atores influi bem menos.
O crescimento imprevisto, há décadas, das comunidades virtuais e da comunicação digital fez com que a mídia industrial perdesse o monopólio sobre a difusão e partilha de informação: apareceram as midias sociais. As midias sociais são sistemas de compartilhamento de dados, informação e produção intelectual de maneira geral onde todos os contribuintes têm a chance de produzir informação, bem como de ter acesso a ela. Estas midias revolucionaram os sistemas tradicionais de autoria e mesmo de produção de conhecimento.
Dentro desta perspectiva de uma produção cada vez mais horizontal de informação e dados, Pierre Levi introduziu o conceito de inteligência coletiva, que é a emergência de formas mais complexas de organização, bem como de inovação e saber na rede e em função de sua estrutura e relações.
Todos estes conceitos iluminam fenômenos diretamente implicados no nosso dia-a-dia, especialmente no dia-a-dia de pessoas, como nós, cuja principal atividade profissional é gerar informação digital. Em certo sentido, nós somos a informação digital que nós mesmos produzimos, incluindo aí nossa identidade.
Se nossa identidade é socialmente contruida em relações sociais predominantemente virtuais, a importância de planejar corretamente e controlar nosso lugar nos “espaços virtuais” por onde andamos ou deixamos de andar pode fazer toda a diferença entre sermos ou não VIÁVEIS socialmente.
More later!

Marília

Os links deste texto:a
http://en.wikipedia.org/wiki/Social_media
http://en.wikipedia.org/wiki/Social_network
http://en.wikipedia.org/wiki/Virtual_community
http://www.community-intelligence.com/blogs/public/archives/000288.html

11 de abr. de 2009

r6

Blog cadastrado no Rec6

10 de abr. de 2009

Novos links e recursos em Alimentação Orgânica, Agricultura Sustentável e conceitos relacionados

Um dos projetos apoiados/encaminhados/trabalhados por esta rede é relacionado a Produtos Orgânicos e Agricultura sustentável. O projeto diz respeito à pesquisas, desenvolvimento, industrialização e comercialização de um produto de carne orgânica.

http://www.michaelpollan.com/index.htm (entrem nos links) Autor dos livros "The Omnivore´s Dilema" e "In Defense of Food"

http://www.polyfacefarms.com/ Essa é uma fazenda que desenvolveu um sistema próprio de agricultura sustentável.

E isso é um movimento interessante, pois socialmente diferente do que existia até agora: ao contrário do Michael Polan e outros intelectuais que são a vanguarda desse pensamento mundial, o FOOD DEMOCRACY NOW é um movimento de fazendeiros do Midwest (tradicionalmente celeiro do pior conservadorismo político, ambiental, tecnológico, regioso e se tiver outra dimensão seriam também): http://www.fooddemocracynow.org/

More later

Marilia

O que é networking? Formando uma rede cooperativa




Net todo mundo sabe que é rede.

Working, em inglês tem tanto a ver com trabalho como com as ações em geral que empreendemos. Contruir uma rede profissional envolve tempo, conhecimento entre seus elementos e sobretudo cooperação e troca profissional.


Ficam aqui algumas perguntas:

1) Qual é o tempo (real ou relativo) necessário para a formação de uma rede cooperativa?


2) O que é "Conhecimento entre seus Elementos?" Seria Conhecimento Pessoal? Intuição? Cooperação? Amizade? Relações de Confiança? Relações de Poder?


E a mais importante:


3) Como estabelecer uma moeda de troca que sirva de mecanismo de retroalimentação e crescimento de uma Cooperativa de Trabalho?

4 de abr. de 2009

O que estamos fazendo no momento

No momento, a CNSN está empenhada nas seguintes atividades:
1. Desenvolver três projetos coletivos. Um deles é um evento técnico, o segundo é um produto online de disponibilização de informação técnica e educão à distância e o terceiro é uma uma publicação conjunta. Com isso, estamos “testando nossa mão” em como atuar coletivamente em níveis que apresentam diferentes demandas quanto à nossa capacitação técnica, capacidade de planejamento, capacidade de implementação e capacidade de gerar saber coletivamente. Cada um dos envolvidos, no projeto, já fez tudo isso sozinho ou em equipes que se desfizeram por esvaziamento da motivação. O desafio é criar mecanismos cada vez mais eficientes e ágeis para solucionar problemas de diferentes escalas e domínios.
2. Alavancar projetos individuais. Estamos empenhados em promover sinergismos em torno de dois projetos individuais. Dentro da concepção de que o sucesso de um é parte do sucesso de todos, este é mais um desafio para criar “espaço criativo” no planejamento de cada um para este investimento.
3. Elaborar e polir nossa “persona profissional coletiva”, sob forma de um portfolio integrado e abrangente.

Apresentação original no site...

Originalmente aqui: http://www.bodystuff.org/cooperativadenerds.html

São Paulo, 2 de abril de 2009 [veja nosso blog aqui ou ]
Apresento aqui meu pequeno círculo de cúmplices numa empreitada que deslanchou há pouco. É a Cooperativa de Nerds sem Noção. Essa é a minha versão.
Isso mesmo: nerds sem noção. Parece resultado de psico-drama ou terapia de grupo, mas é uma ficha que caiu para nós com um certo cinismo benigno: durante décadas construímos projetos, geramos idéias inovadoras, viramos o mundo de cabeça para baixo e em grande parte construímos reputações fortes quanto à nossa competência. Também construímos uma reputação de idiotas. Todo mundo sabe que enfia a mão nos nossos cérebros, tira o que quiser e de vez em quando nem apaga a luz.
Durante anos isso foi objeto de piada, depois de desabafos, até que um ou outro chegou ao desespero. Essa incapacidade de entender o que para nós não faz sentido algum na relação com instituições e as pessoas que as animam ficou sem-graça. Sabe-se lá por que, nesse último desespero de um, rolou uma catálise cósmica qualquer: numa reuniãozinha regada a vinho e porcarias diversas para comer, surgiu a idéia de tentar resolver problemas.
Ora, isso é novo para nós! Estamos acostumados a resolver o problema DOS OUTROS. Parece idiota, né? E é. Nos demos conta de que talvez, só talvez, possamos resolver alguns dos nossos próprios problemas. E que talvez a ante-sala dessa solução seja, pela primeira vez, interagir com aqueles com quem temos um laço de confiança.
Nesse dia me ocorreu como foi possível, durante todos esses anos, não enxergar isso. Muitos de nós têm familiaridade com o conceito de capital social. Todos nós conhecemos de perto as situações em que grupos unidos por laços de confiança operaram enormes transformações (em geral em seu benefício próprio). Aliás, diga-se de passagem, alguns desses grupos nos jantaram com molho de maracujá. Nós, tontos, prontos para engolir vínculos baseados em declarações de princípio e ética que só existem dentro da nossa cabeça. Como se diz em inglês, “it was written with blood on the walls” e nós não vimos. Até umas semanas atrás…
Identidade
Quem somos. Vão perguntar – é melhor bolar algum tipo de resposta. Pessoalmente, posso dizer que cheguei num ponto de apenas me divertir com minha incapacidade em responder a simples pergunta: “qual é sua profissão?”. Pior ainda se perguntaram “o que você faz?”. Ahrmm... Serve “consultoria?”. É engraçado para uma sem-noção. Para alguém interessado em fazer a famosa conversão de CAPITAL SIMBÓLICO em CAPITAL FINANCEIRO (aquilo que Bourdieu dizia que a elite simbólica, i.e. = nós, não fazia em grande amplitude – que novidade...), não é engraçado. É triste.
No entanto, agora estamos descobrindo que o que é triste na solidão da nerdisse individual, é um “plus” no coletivo: embora eu tenha engulhos com o uso imensamente inadequado do termo TRANS-DISCIPLINAR, nós, e muito pouca gente além de nós, somos exatamente isso. A versão popular de trans-disciplinaridade, usada na mídia e nas universidades que habitamos, é a de que basta botar um bando de nego com background educacional diferente junto, colocar um problema para que resolvam, chacoalhar a coqueteleira e pronto: você tem aí um coquetel trans-disciplinar. Sinto frustrar seu sonho ingênuo, mas o buraco é bem mais embaixo. Trans-disciplinaridade só ocorre, enquanto prática, se os “negos com background diferente” forem, eles mesmos produtores de idéias TREINADOS em circular por diversos campos de conhecimento, hábeis em se traduzir e verter problemas e metodologias e assim gerar um resultado que satisfaça interesses de agentes diversos. Quantos caras assim você acha que existem por aí? Reduza em duas ordens de grandeza e fica mais realista.
Prazer: somos nós. Não circulamos porque planejamos, mas porque nossa nerdisse foi nos empurrando a isso. Seja porque a borboleta intelectual foi voando mais longe, e nós atrás dela com diferentes redinhas disciplinares, seja porque batemos de frente com algum guardião do conservadorismo acadêmico que nos defenestrou (e, assim, fomos obrigados a nos re-inventar). Em geral, foi uma combinação destes dois fenômenos.
O “núcleo duro” do grupo é um pequeno nó de amigos de faculdade. Zysman, Martha e eu fizemos graduação juntos na USP, não necessariamente nos mesmos lugares e momentos. Mas o ponto de encontro foi o Instituto de Biociências. Nenhum de nós seguiu uma carreira linear relacionada a essa origem: Martha acabou seguindo pela via de sua graduação original, a arquitetura, não sem máculas da passagem pelo IB. Zysman foi para o Instituto de Psiciologia, contribuiu na área de etologia, educação e provavelmente agora também não sabe muito bem dar um nome ao que faz, assim como eu. Eu.. ahnn... A descrição das migrações disciplinares e temáticas seria longa e desnecessária, visto que todos que estão lendo isso aqui podem acompanhar meus movimentos pela minha caótica presença digital. E tem, obviamente, meu Lattes esquizofrênico.
Assim, o que o “núcleo duro” tem, para começar, é uma inter, multi e trans-disciplinaridade intrinseca, muito pouco deliberada ou voluntária, quase acidental e até mesmo, às vezes, cheia de culpa (aposto). No entanto, se tem uma coisa que aprendemos nos nossos tropeços e quedas, é RESOLVER PROBLEMAS. Eu brinco que sou uma “Assessora para Assuntos Aleatórios”. Mas... pensando bem... é bem isso que tenho sido na prática.
Existem vários outros membros nesse grupo – somos quase 20 hoje. Alguns com formação mais ortodoxa, trajetórias mais ou menos bem comportadas, outros muito mais sem-noção do que o núcleo duro. O sinergismo, no entanto, é o que importa.
Temos editores, escritores, publicitários, programadores, e especialistas em atividades indescritíveis por enquanto. Aos poucos esse espaço trará elementos descritivos mais precisos.
Até hoje não tivemos habilidade ou competência para converter nosso capital simbólico em financeiro. Sem meias palavras, fomos aberta e despudoradamente abusados, usurpados e usados de todas as formas. Encheu o saco. E agora acabou.
Claro que precisamos de assessoria para sair dessa patética condição, e temos certeza de que existem assessores com quem poderemos estabelecer relações bastante produtivas. Estamos abertos a conversas – somos todos ouvidos.
Agora, no entanto, temos uns aos outros. Finalmente, acho que estamos prontos para deixar de ser presa fácil para qualquer oportunista que enxergue nosso óbvio daltonismo cognitivo para a sacanagem.
Você acha que é um nerd sem noção? Escreva para mim. Eu re-envio ao grupo e se você for mesmo, será bem-vindo.
Você é um assessor? Nossa, não hesite em nos procurar: marcaremos uma reunião com você ONTEM. Temos um material básico e portfolios que podem ajudá-lo a ter uma idéia de como nos “ordenhar”. A reunião, naturalmente, será apenas com o núcleo duro – esse mínimo a gente aprendeu...
Aguardem a continuação da saga dos Nerds Sem Noção no Mundo Real! Com direito a hilários relatos e rico conteúdo.

Era de Aquarius?


Desde os tempos do filme Matrix, surgem malucos para dizer que o que vivemos na verdade não existe.

Face à evidente falência do sistema financeiro mundial, poucas vezes no entanto vi algo tão perturbador como esses filmes;

"Zeitgeist, The Movie' and 'Zeitgeist: Addendum' were created as Not-for-Profit expressions to communicate what the author felt were highly important social understandings which most humans are generally not aware of. The first film focuses on suppressed historical & modern information about currently dominant social institutions, while also exploring what could be in store for humanity if the power structures at large continue their patterns of self-interest, corruption, and consolidation.
The second film, Zeitgeist: Addendum, attempts to locate the root causes of this pervasive social corruption, while offering a solution. This solution is not based on politics, morality, laws, or any other "establishment" notions of human affairs, but rather on a modern, non-superstitious based understanding of what we are and how we align with nature, to which we are a part. The work advocates a new social system which is updated to present day knowledge, highly influenced by the life long work of Jacque Fresco and The Venus Project."

Francamente ainda não parei para pensar nas implicações - mas se existem partes dos filmes que tendem a um misticismo quase tolo, por outro lado a caracterização REAL E PROVADA do dinheiro como débito puro e simples, nos leva a crer que sem união, proteção e MUITO conhecimento, a SUA e a MINHA vez na dança das cadeiras chegará LOGO.

Cheguei


Hey, there...
(testando)